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DECLARAÇÃO DE GAIA - FÓRUM INTERNACIONAL CONDOMÍNIO DA TERRA

A Declaração de Gaia, disponível na Internet e que defende uma articulação entre a economia, o direito e o funcionamento global do planeta, conta já com mais de 17 mil subscritores, disse hoje à Lusa um dos promotores. Na Declaração de Gaia sustenta-se que há "bens indivisíveis" no planeta - a atmosfera, a hidrosfera e a biodiversidade - que circulam de forma global e têm que ser declarados "partes comuns", a gerir em conjunto como se o planeta se tratasse de um condomínio.
Os subscritores defendem ainda que a manutenção dos ecossistemas deve ser entendida como uma actividade económica e que "os cidadãos têm direito equitativo de utilização dos bens comuns do planeta". "A Declaração de Gaia - assim denominada porque esta campanha global para a preservação do planeta foi lançada em Março na cidade portuguesa de Gaia, que tem o nome da deusa grega da Terra - propõe que haja uma articulação entre a economia e o direito e entre estes e o funcionamento global do planeta", resumiu Paulo Magalhães. Segundo o responsável, durante o Fórum Internacional do Condomínio da Terra, que hoje termina, foi estabelecido um acordo com o movimento mundial www.350.org, que luta pelo recuo das emissões de dióxido de carbono na atmosfera das actuais 390 para as 350 partes por milhão, considerado pelos cientistas "o limite máximo seguro".
"Vamos trazer esse movimento para Portugal e eles vão ajudar a levar o Condomínio da Terra para o mundo", explicou Paulo Magalhães. Conforme salientou, "se não se conseguir voltar das actuais 390 partes por milhão para as 265 existentes antes da Revolução Industrial "em pouco tempo não haverá retorno possível". "Se chegarmos às 450 - o que ao ritmo actual acontecerá dentro de 10 anos - já não há nada a fazer. Tem que haver um equilíbrio entre os limites ambientais e a economia", sustentou, referindo que foi "nos últimos 10 anos" que esse equilíbrio foi rompido.

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