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TRABALHAR SEM AMOR EM PORTUGAL

Ao vaguearmos por terras lusas é frequente encontrarmos paisagens belas, com pequenas casitas tradicionais, gentes simples mas receptivas, pessoas trabalhadoras mas pobres, ovelhas que vagueiam calmamente por entre planícies, cabras que saltitam de pedra em pedra para subir montes, vacas que ruminam junto às sebes ao longo das estradas rurais... Tudo isto é idílico. O tempo pára, descansamos a mente. Mas logo entramos em stress, quando pensamos no trabalho, na forma estúpida como os patrões tratam os empregados em Portugal, como lhes roubam o tempo para a família, como lhes dão orientações como se fossem crianças, como manipulam a sua vontade, como são pessoas, em geral sem cultura e sensibilidade. Depois vem a doença, é preciso faltar ao serviço, para enfrentar os péssimos serviços públicos de saúde. Aí, maltratados, só pensamos em regressar ao emprego, para não sofrer todo o tipo de torturas psicológicas e chantagens emocionais pela demora ou ausência. Tudo isto é Portugal, um país europeu que caminha, não para o centro da Europa, mas para Ocidente, para o fundo do mar, afundando-se calmamente, nas águas que outrora lhe davam o sustento... O barco afunda-se e as águas sobem. Contingências do aquecimento global, talvez...

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